Inglaterra venceu em Santarém competição que se realiza de quatro em quatro anos.
A selecção portuguesa de trampolins classificou-se no terceiro lugar do Torneio 4 Países, que se disputou no sábado na nave desportiva de Santarém. A Inglaterra venceu a competição, destinada a juniores e seniores de ambos os sexos, à frente da França, enquanto Portugal deixou para quarto e último lugar a Alemanha.
A equipa nacional, liderada por Sérgio Lucas, também técnico da Sociedade Filarmónica Gualdim Pais (SFGP), contou com três ginastas da região, as gémeas Ana e Andreia Robalo, ambas da Associação Desportiva de Salvaterra de Magos (ADSM), e António Vieira (SFGP). Evoluíram ainda Sílvia Saiote, Ana Pacheco, Tiago Lopes, Bruno Goldschmit e Fábio Castanho.
Os ginastas foram divididos por sexos em quatro grupos de oito elementos. Após as provas preliminares, cerca das 15h30, as finais começaram por volta das 18 horas. Para o resultado final, apenas colectivo, contou a soma das pontuações dos ginastas nas preliminares e final. Os juízes, sentados junto aos dois trampolins da competição, representaram cada um dos países do torneio.
Apesar da categoria de ingleses e franceses a quem as séries correram melhor, os portugueses não ficaram muito atrás. Quase ninguém ficou isento de erros, seja com séries falhadas por saídas do elástico ou por cometerem alguns problemas técnicos. Apesar de terem curta duração, as séries são fisicamente violentas e a cada movimento ouve-se o ginasta respirar e controlar o esforço. Outro têm certos “tiques”, como bater com a mão na zona da anca, em pleno mortal ou pirueta no elástico.
No currículo alguns dos jovens já têm muito que contar. António Vieira é campeão do mundo na categoria 13/14 anos em trampolim sincronizado, enquanto Ana e Andreia Robalo campeãs nacionais em trampolim individual.
António Vieira disse a O MIRANTE que o terceiro lugar no torneio à frente da Alemanha é uma boa classificação. “Os ingleses e francesas tinham juniores e seniores mais velhos que nós e é sempre bom poder ver e também aprender. Foi ainda um bom treino para preparar o campeonato do Mundo no Quebeque”, analisou o atleta da SFGP.
As despachadas irmãs Robalo, de Coruche, mas a praticarem a sua actividade na ADSM, também se mostraram contentes por desfrutarem de mais uma competição internacional.
Ana lembra que além da competição e de dar seguimento ao bom trabalho, valeu a pena o convívio com atletas estrangeiros, principalmente os franceses e alemães, ao contrário dos “ingleses mais distantes”. Andreia lembra que existem objectivos a cumprir também tem como objectivo vir a fazer o melhor possível no campeonato do mundo de 14/15 anos.
Torneio positivo para
técnico e organização
O seleccionador nacional, Sérgio Lucas, considera positivo o resultado alcançado no torneio de Santarém e lembra que as falhas em cima do trampolim são normais durante as competições.
“Depende sempre do momento e, em provas internacionais, uma série pode demorar cerca de 20 segundos onde tudo pode acontecer. Além disso contávamos apenas com dois seniores e seis juniores”, analisou o técnico.
Sobre os ginastas da região convocados para a selecção, Sérgio Lucas disse têm realizado um bom trabalho. Destaca António Vieira e as irmãs Robalo como exemplos de bom trabalho, também realizado nos clubes, mas existem outros atletas com potencial para a selecção nacional. “O distrito de Santarém sempre forneceu bons ginastas a Portugal e Nuno Merino e Ana Rente são bons exemplos de dedicação e trabalho a seguir”, acrescentou.
Para o presidente da Associação de Ginástica de Santarém, entidade co- organizadora da competição com a Federação Portuguesa de Trampolins e Desportos Acrobáticos, e apoio da autarquia scalabitana, tudo correu pelo melhor.
Segundo Vítor Varejão, além da afirmação do distrito no país e no mundo, a realização do torneio em Santarém permite que os ginastas federados na associação sejam cada mais observados pelo seleccionador nacional e pelos juízes internacionais, quando se deslocam ao estrangeiro. “Pode ainda estar em causa a realização de estágios e treinos com atletas de outros países, intercâmbios de experiências entre técnicos e até de equipamentos”, sugeriu Vítor Varejão.